terça-feira, 8 de março de 2011

A tempestade.

Escuto a chuva cair, seu som faz com que todos os meus sentidos relaxem. Minha vontade é de caminhar pelas ruas e sentir a água escorrer pelo meu rosto, me trazendo alívio. Mas me amedronta o fato de que algo tão calmo, possa se transformar em medo constante. Sua força capaz de destruir tudo que passe por sua frente. Eu gosto desse perigo...
E é isso que acontece... O medo chega, o medo te envolve. Meus pulmões esvaziam veemente com a força que meus gritos são soltos no meio do nada, no meio da tempestade. Eu sinto toda a fúria aparecendo diante de mim, eu sinto a violência tomando seu lugar. E por um momento, sinto que faço parte disso, que faço parte de todo ódio existente. Eu grito, pulo e chuto a fim de botar tudo que me agride para fora.
Após o fato, a paz volta a reinar, preenche de maneira satisfatória. Nada melhor que expulsar todos os demônios que te perturbam. Nada mais gostoso que colocar tudo que há de negativo em uma lata de lixo.
A calmaria é ao mesmo tempo seu pior pesadelo. Teu alívio é o teu tormento. Apenas importa saber lidar com isso. Saber lutar contra você mesmo, contra o que sente, contra o que te aflige. Leva tempo para aprender isso, mas quando o momento chega, é satisfatório.

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