sexta-feira, 23 de julho de 2010

Desabafo - 2.

Há tempos que não consigo escrever o que me dá prazer, o que me toca de verdade.
Há tempos que não consigo mais sentir aquela intensidade insana e incontrolável que eu tenho quando minhas palavras são colocadas em um papel.
As coisas andam extremamente diferentes, mas nada mudou.
Minha mente se contorce em trajetos distorcidos que nem mesmo eu sei definir. Meu coração cada vez mais lento, cada vez com menos emoções para botar pra fora.
Teve uma época em que eu era movida a emoções fortes, intensas e vívidas, hoje, não importa mais, é seco e cru.
Sempre fui inexperiente em escrever sobre o coração, minha lábia sempre foi a mágoa, a tristeza, o rancor. Tudo aquilo que as pessoas tem medo de colocar para fora.

Mas essa minha obsessão em querer ser incompreendida, essa maldita obsessão...

Eu queria poder escrever sobre a felicidade, que muitos procuram saber. Eu queria poder, em meus textos, dar todas as respostas que afligem mentes confusas. Eu queria tanta coisa. Mas, principalmente, eu quero aquela intensidade, aquela paixão pela literatura, que há muito tempo eu deconheço.
Eu me perdi, não sei como voltar. Meu egoísmo não deixa.

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