terça-feira, 21 de junho de 2011

Ponto fraco revelado.

Estava em casa assistindo Star Wars – a melhor hexalogia a meu ver – matando o tempo, pois esse demorava tanto a passar. Impressionante como as horas tristes demoram uma eternidade. De pouco em pouco recebia e respondia SMS’s de velhos e atuais amigos. Então passando os olhos rapidamente pela minha agenda telefônica buscando outra pessoa para me distrair, o nome dela se destaca.


“Ei...” Eu mandei, sem saber o que falar, que assunto puxar, como eu diria que sinto saudades, não era tarefa fácil.
“Você ainda existe.” Foi essa a resposta que obtive.
“Pois é.”

Nesse instante o filme não me fazia mais diferença, estava assistindo o Episódio II – O Ataque dos Clones, deixei o filme rodando em meu notebook que ficou esquecido em cima da cama. Eu olhava veemente para o celular esperando que ele tocasse, queria conversar com ela novamente... Vibrou.

“Nunca se sabe, não é? Eu estava com saudades.” Ela sentia a minha falta. Porque ela ainda sentia a minha falta? Depois de tudo que eu a fiz passar, depois de tanto sofrimento e lágrimas? O que essa mulher tinha?
“Eu também... estava com saudades. Como você está?” Pausa para respirar um pouco mais fundo.
“Estou bem, daquele mesmo jeito de sempre. E sua namorada, Sophie – não é?” Ela tinha que tocar nesse assunto, sempre tão ágil quando quer informações.
“Não estou mais namorando, faz um tempo já. E você com seus amores?” Droga, ela sempre me dominava quando o que eu queria era apenas brincar um pouco mais.
“Há sete meses isso não me ocorre. Sinto falta do amor, você não?”
“Não me faz mais diferença.”
“Você... Nunca deve ter amado.” Quem ela pensa que é? Invadindo-me dessa forma? Aliás, eu não deveria tê-la cutucado, deveria tê-la deixada esquecida em minha lista...
“Quem sabe...” Perdi as palavras.
“Você é tão intocável...”

Não a respondi mais, em dez minutos ela havia conseguido me destruir. Um abalo sísmico ocorreu dentro de mim, não sei explicar. Parei alguns longos minutos para pensar: “Você não sente falta do amor?” É claro que eu sinto – seja lá o que for isso – e desejo encontrá-lo.

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