quarta-feira, 27 de abril de 2011
Calabouço.
“Calabouço é o andar mais profundo de um castelo, geralmente utilizado como prisão (como na bastilha), como armazém ou como porão.
É descrito em filmes e livros de terror como um lugar com pouca iluminação, muito empoeirado e de difícil acesso.”
Sempre fui péssima em auto definição mesmo sabendo exatamente como eu sou. É difícil eu ter de admitir que me tornei uma pessoa completamente fechada a sentimentos bons, eu costumava fazer de tudo para senti-los e, de uma hora pra outra isso mudou. Não sei ao certo em que momento da minha vida essa condição começou a se tornar permanente, só sei que agora é difícil desfazer-me dela.
Fechada a sete chaves numa profundidade de dez metros, sem janelas para iluminação interna e para deixar a brisa percorrer o cômodo. A única coisa que se pode notar é a escuridão. Entre quatro paredes muito bem construídas para evitar que sejam quebradas por alguém de fora que queira conhecer esse local inexplorável, e também evitar que o residente possa saber o que há além daquilo que está habituado.
Preciso saber se existe vida atrás dessas paredes espessas, necessito conhecer a sensação da liberdade, poder respirar o ar puro. Preciso me libertar desse calabouço que me enfiei, preciso de um feixe de luz que me mostre que vale a pena sair de um mundo escuro e fechado.
Eu desejo isso mais que qualquer coisa, só preciso que alguém me guie nesse processo difícil.
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Eu me identifico com isso. Vou ignorar se fala de si ou não, mas a descrição é muito boa. Só acho que a necessidade final é colocada de forma errada. Não acho que existem pessoas que podem lhe guiar através do calabouço que você mesma construiu. O que deve existir, é alguém pelo qual sair do calabouço valha a pena, alguém que dê vontade de sair, mesmo porque, ele prende, mas protege e esconde também. Ninguém constrói calabouços a toa.
ResponderExcluirPessoas que valham a pena existem, mas o medo impede. Mas não deixa de ser uma necessidade.
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